martes, 24 de abril de 2012

Paul em Recife (21-04-2012) – O Maior Show do Universo

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Paul em Recife – O Maior Show do Universo

Texto e fotos Marco Antonio Mallagoli

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Ontem, 21/04/2012 foi uma data histórica não só para Recife, mas para o Brasil, pois Paul McCartney fez um show maravilhoso, e mostrou que apesar de todo calor que passou, esta em ótima forma e não precisa provar nada a ninguém.
As filas circulavam o estádio e a movimentação era enorme, dava para se ouvir comentários de muita gente que nunca tinha visto nada semelhante aqui em Recife.
Paul chegou de carro, com toda simpatia do mundo, e passou por toda a fila de ingressos, saindo pra fora da janela do carro e saudando as pessoas por volta das 17:12 horas.
O publico, formado de famílias inteiras, grupos de jovens, namorados e muitas crianças, todo mundo com uma camiseta diferente dos Beatles ou de Paul, a maioria pirata, e isso e algo que estamos tentando acabar pois a marca Beatles já existe oficialmente no Brasil e os fãs bem que poderiam prestigiar, mas isso e outra conversa.
Os portões que deveriam abrir as 17:30 horas, devido a esse atraso, abriram as 18:20, apos o famoso Hot Sound (veja matéria em outra pagina-breve).
As 20:00 horas o DJ Chris Holmes começou com suas montagens em cima de musicas do Paul e dos Beatles e percebi que não agradou a ninguém, como tenho notado isso em outros shows, as pessoas estavam impacientes a espera do ídolo.
As 21:03 horas começou o famoso telão de apresentação do show que terminou as 21:33 horas, quando o estádio quase que caiu de tanta ovação e aplausos.
“Magical Mystery Tour”, com sua introdução forte, abria o show e fazia as pessoas entrar em delírio, pois Paul McCartney esta ano palco com sua “Fantástica Banda” como ele gosta de apresentar – e realmente e uma banda excelente.  
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Apos os aplausos, eles começaram “Junior’s Farm” que para mim foi a primeira vez que vi e ouvi ao vivo e amei, mas percebi que grande parte da plateia não conhecia a musica. 
No final, os agradecimentos dele em português, que fez muita gente comentar o sotaque e ele soltou o primeiro – “Oi Recife”, que fez o estádio ir abaixo.
Ele disse em português que estava muito feliz em voltar ao Brasil. 


O som estava meio estranho, não estava límpido e algo parecia estar ocorrendo no sistema de som, pois a correria dos engenheiros era enorme, vazava muito os graves e alguns instrumentos falharam, e isso aconteceu durante todo o show.
Talvez ate por cansaço dos engenheiros de som, pois eles estão fazendo vários shows seguidos com pouco tempo de intervalo e descanso.
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“All My Loving” fez as pessoas voltarem aos anos 60 e balançou literalmente a plateia que dançou muito, pulou e cantou junto.
Dava para perceber o êxtase no rosto e nas expressões de admiração, além das frases trocadas entre amigos, casais e famílias no gramado.
“Jet” veio a seguir com Paul perguntando se tinha muitos fãs do “Wings” na  plateia e fazendo o famoso sinal do “W” com as mãos., e parte da plateia respondeu ao apelo dele.
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Voltando a outra musica dos Beatles, “Got to get you into my life”, ele colocou de fundo as imagens do “Rock Band” dessa musica e fez a plateia mais uma vez delirar e dançar muito.
“Sing the changes” acabou ficando uma velha conhecida da plateia brasileira, e foi a musica seguinte, mas pude notar a indiferença de muita gente, principalmente dos mais velhos, que parecia estar curtindo apenas as musicas dos Beatles, mas a garotada respondeu bem a musica. E todo mundo sabe que a Nancy adora essa musica...
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Outra maravilhosa supressa, pelo menos para mim, foi ”The Night Before” que ele anunciou como sendo a primeira vez que ele iria cantar essa musica no Brasil. 
E mais uma que o publico, muito participativo, amou, cantou junto, dançou e pulou. Eu não entendo a reação das pessoas em pular, e levantar os braços, como que regendo o publico, tentando chamar a atenção dos que estão a sua volta, quando ouvem uma musica que gostam, eu prefiro apreciar a musica, mas isso e algo que vai de cada um e tenho observado que e constante nos shows.
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A incrível guitarra Gibson, toda pintada de vermelho, com bonequinhos diversos que ele estreou em Liverpool em 2008, já mostra que a próxima musica e “Let me roll it” que a gente percebe no rosto dele a alegria em cantar essa musica e a plateia respondeu super bem. No final o famoso “jam do Jimi Hendrix”, que ele curte tanto.
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Ele troca de guitarra e pega a famosa e original Ephiphone Cassino que ele, John e George adquiriram em 1966, e com muito vigor, ele canta “Paperback Writer”, sendo que no final, ele vai com a  guitarra a frente dos amplificadores Vox e faz com que ela de varias “microfonias”, ao estilo do Pete Townsend do “The Who”. Seria outra homenagem? Ele não comenta nada, mas deu pra ver que ele ficou olhando o publico para ver quem percebeu isso.
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Ele sobe ao piano e faz um grande momento família, onde namorados dançam agarrados e os mais velhos choram muito – “The Long and Winding Road”.
Eu ouvi um amigo dizendo ao outro – Só essa musica já valeu o show inteiro.
Mal sabia ele o que ainda o esperava.
"Nineteen Hundred And Eighty Five" , outra musica do ”Band on The Run” de 1973, vem a seguir. Acho que ele nunca imaginou na época que a escreveu que ele iria passar desse ano e continuar muito cantando suas musica, inclusive essa. Os fãs do “Wings” mais uma vez deliram, incluindo eu.
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Chegou um momento que eu esperava e muito – “My Valentine” e ele ofereceu a Nancy, disse que fez essa musica para ela, mas eu conheço uma versão dessa musica do inicio dos anos 70, acústica, mas não completa, acho ate que ele começou a compor nessa época e só terminou agora, mas a apresentação foi impecável, muito igual ao maravilhosos disco – “Kisses on the Button”.
A plateia curtiu bastante apesar de ser uma musica nova.

A seguir, ele mostrou aos babacas que dizem que ele esta perdendo a voz, que ele continua cada vez melhor e fez uma versão de “Maybe I’m Amazed” que eu não  acreditei, ele detonou. Nunca o vi cantar essa musica com tanto vigor e paixão e antes de iniciar ele disse que fez essa musica pra Linda.
Nao vou falar muito, veja o vídeo abaixo, embora algumas cabeças estivessem na frente a um braço aparece de vez em quando, o que vale e você ouvir a voz dele.



Voltando a Beatles....”Things we said today”, dessa vez no violão, fez as  pessoas cantarem junto de novo. E emendou com “And I Love Her” onde novamente os casais transformaram o estádio em um grande baile e dançaram juntinhos.
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Antes de começar a cantar a próxima musica “Blackbird” ele foi agradecer ao “publico” e percebeu que pronunciou errado, dai ele mesmos e corrigiu e repetiu varias vezes a palavra ate ele entender que a pronuncia estava correta e ficar satisfeito com isso, o que provocou varias risadas da plateia.
Ele explicou em inglês que fez essa musica contra o”racismo” que rolava no USA na época (1968) e quando ele estava no meio da musica o publico começou a acompanhar com palmas, o que acabou atrapalhando o andamento da musica, devido ao eco que o estádio formou, mas ele não se atrapalhou com isso.
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“Essa musica eu fiz para meu amigo John” e o publico delira mais uma vez com o anuncio em português, onde ele tenta falar a palavra "escrevi" e percebe que errou na pronúncia, e repete varias vezes até cehgar bem perto do correto. Muito inteligente por parte dele.
Ele canta, maravilhosamente bem “Here Today”.
Mais uma vez o publico no meio da musica volta a bater palmas, isso acontece só no Brasil pois aconteceu nos outros recentes shows que ele fez em nosso pais, e mais uma vez o eco do estádio fez as palmas ficarem fora do tempo da musica, mas logo o pessoal parou....fiquei aliviado.
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Mandolim na mão e ele ataca com a musica predileta da filha “Beatrice”, e mais uma vez o Abel faz a coreografia da dança, onde o publico, como sempre, delira e ri muito, pois ele faz isso muito bem e acaba chamando a atenção das pessoas e ate o Paul curte muito....ah! sim a musica – “Dance Tonight”.
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Ele volta ao violão e ataca com “Mrs. Vanderbilt” que faz o publico cantar  o refrão e dançar junto. Em seguida ele volta a Beatles, com a clássica e maravilhosa “Eleanor Rigby”.
Alias ate ai o show já estaria mais que pago, mas não chegamos nem na metade.
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Com o ukelele que ganhou de presente de George Harrison, e ele explica isso antes de começar a musica, ele canta “Something” onde no telão ele colocou varias fotos diferentes dele e do George juntos, das que ele ate então tinha mostrado.
Alias muitas fotos no telão durante o show, são novas, não apenas nessa musica.
Nesse ,momento me supreendi, assim como todo mundo, quando ele disse - "Recifianos". Percebi a astucia dele e a inteligência em ligar as palavras em português, pois ele disse varias vezes "Pernambucanos"  e dai ele quiz agradar mais ainda(como se precisasse) o publico e inventou a palavra "Recifianos", fazendo a analogia a palavar "Pernambucanos".
Eu vi nisso um ato de extrema inteligência e fiquei abismado com essa atitude dele. Foi um dos pontos altos do show, com certeza.
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Surge então o nome do Ringo e ele canta, de improviso um pedaço de “Yellow Submarine” que mais uma vez faz o publico delirar, talvez ate por causa da recente passagem de Ringo por Recife.
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“Band on the run” vem a seguir e depois “Ob-la-di Ob-la da” que mexeu muito com o publico e fez o estádio “literalmente” pular. As pessoas cantaram bem alto junto e dançaram muito. Isso porque no inicio ele pediu para o pessoal cantar junto, mas isso nem precisava.
Nessa musica parte do publico da pista prime, levantou umas mascaras que estavam sendo distribuídas antes do show e quando acabou a musica ele brincou com isso.

“Back in The USSR”, agita mais ainda o publico e no final ele solta outra “perola” – Povo Arretado, que faz o publico rir muito e se divertir mais ainda.
Ele brinca com o baixo Hofner e faz que vai deixar cair no chão... o roadie dele entra em desespero, mas nada acontece.   Graças a DEUS.
Dai ele solta uma frase que quase derruba o estadio:"Povo arretado". Muitas risadas e felicidades da plateia.

“I’ve got a feeling” deixa os rockeiros de plantão alucinados, e em seguida ele faz mais uma incrível versão de “A Day in The Life/Give Peace a Chance”.

Ele volta ao piano e ataca com “Let it Be”, onde mais uma vez provoca choros e suspiros, além de exclamações das pessoas, e frases tipo -  eu estava esperando essa musica, essa foi a melhor do show e por ai vai.

Os fogos explodindo, como sempre fazem o estádio mais uma vez ir abaixo em “Live and Let Die”. E quando todo mundo estava achando que nada mais ia acontecer ele canta “Hey Jude” .
No meio da musica, ele canta “skin” no lugar de “heart” e a troca de olhares entre ele e o Rusty, ambos rindo, faz com que esse erro fique bem evidente.
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Ele encerra a primeira parte e mais do que “ensopado de suor” ele sai do palco, junto a banda, apos agradecer.
O publico enato começa a cantar o refrão de “Hey Jude”, mas outra parte começa a gritar “Paul” varias vezes seguida e outros “mais um” e percebi que não ha uma união das pessoas em fazer um único pedido e todos acabam se perdendo , mas ele volta, como e costume e Já derrubam tudo com “Day Tripper”
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Ele então da uma pausa e como costume chama algumas “garotas” no palco, que foram selecionadas durante o “Hot Sound”, sendo que a primeira e uma garotinha de Manaus de nome Ana, em seguida vem a Natalia de Recife, a Debora de Curitiba e no final a nossa amiga Edilene de Avaré, interior de São Paulo.
rec-edileneEdilene e Paul no palco.
Alias a Edilene, vem batendo na trave ha alguns shows, ela aparece no telão, joga camiseta par ele, ele lê o cartaz dele e finalmente aqui em Recife a consagração dela, o que nos deixa muito feliz por ela. Pena que o maridão não estava aqui, mas a mãe dela estava junto e meio estádio fotografou isso tudo.
Parabéns minha amiga Edilene, quero ver a tatuagem depois.
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Ele retorna no show com “Get Back” e arranca mais suspiros de saudades dos mais velhos e a garotada dança e canta junto, e muito legal ver isso e saber que toda uma nova geração esta curtindo Paul McCartney como nos.
Mais uma despedida do publico, ele sai com a banda e mais uma vez a plateia se perde no pedido de volta.
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Mas ele retorna para o Bis final, que já e costume e quando ele canta “Yesterday”(ele começa um pouco acelerado e reduz o andamento quando Wix entra com os teclados), e faz o estádio inteiro entoar a musica em uma só voz.
Maravilhoso.

“Helter Skelter” faz a plateia metaleira e rockeira mais uma vez explodir e todos dançam freneticamente ao som da musica. Juro que nunca vi isso antes em outro show dele.
Ele termina com a famosa, e para mim inesperada”Golden Slumbers/ Carry That Weigth/ The End”, pois eu achava que ele ia fazer o medley do “Sgt. Pepper’s” e termina o show com chave de ouro.

Quero terminar dizendo que sinto do daqueles que não tiveram como vir a este show por problemas financeiros, mas mais ainda eu sinto por aqueles que disseram que não viriam pois já viram ele em 2010 e 2011 e não precisam ver mais  e que ele volta logo, ou seja um “desdém” desnecessário, pois eu já assisti muitos shows dele e este show em Recife foi maravilhoso....o bom de tudo  e que hoje, 22/04/2012, a noite tem mais.
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